sexta-feira, 22 de outubro de 2010

"Se alguém lhe fechar a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas.

Lembre-se da sabedoria da água: a água nunca discute com seus

obstáculos, mas os contorna."

sábado, 16 de outubro de 2010

Sexta-feira, 15 de outubro de 2010 - Migalhas nº 2.491 - Fechamento às 10h44.




"É natural da criança preferir os brincos aos labores do estudo."


Machado de Assis


Evandrópolis

Em abril do ano passado, o juiz de Direito Evandro Pelarin, da vara da Infância e da Juventude de Fernandópolis/SP, ganhou notoriedade global (relativo ou pertencente à Rede Globo) ao instituir um toque de recolher na cidade, restringindo o horário de permanência de menores nas ruas. Tomando gosto pela coisa, poucos meses depois ele propôs à Casa de Leis local uma lei seca, para obrigar que estabelecimentos comerciais que vendem bebidas alcoólicas fechassem mais cedo. Para quem achava que iria ficar nisso, em julho deste ano ele inventou o "toque escolar", determinando que policiais e conselheiros tutelares da cidade abordem jovens fora da escola em horário letivo. Agora, segundo o jornal Folha de S.Paulo, o magistrado decidiu que uma mãe, cuja filha é assídua na cábula, deveria assistir às aulas junto a gazeteira. Como já disse alhures, tem gente na profissão errada.

"Quando um juiz determina que a mãe da jovem de 14 anos deve estar com ela na sala de aula, ele atesta a incapacidade da escola de fazer o seu trabalho, interfere nas formas educativas de formar cidadãos e desestimula a autonomia e responsabilidade. O que assistimos em Fernandópolis é a 'judicialização da vida'. É a crença de que todos os problemas e questões podem e devem ser resolvidos pela Justiça. Justiça é impositiva, escola é educativa. A educação tem se mostrado um processo social forte e potente para interferir na vida coletiva. É preciso cuidar para que a Justiça não impeça a educação de fazer seu trabalho. Se medidas educativas não deram certo, por que daria certo a imposição judicial? A escola nunca termina sua tarefa e por isto não se deve, neste campo, dizer que nenhuma medida deu certo." Ana Mercês Bahia Bock, psicóloga, hoje na Folha de S.Paulo

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O Duro que é verdade, e ninguém faz nada pra mudar este cenário!!!

- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.


Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;

Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;

Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. ..

Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.

É coisa de gente otária.

- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.



Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.

Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.

Brasileiro tem um sério problema.

Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.



- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.



Brasileiro é vagabundo por excelência.

O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.

O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.

Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.

- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.


Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.

Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.

Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.

O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.




- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira..



Já foi.

Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da

Guerra do Paraguai ali se instalaram.

Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.

Hoje a realidade é diferente.

Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.

Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.

Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.



- O Brasil é um pais democrático.. Mentira.



Num país democrático a vontade da maioria é Lei.

A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.

Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.

Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.

Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).

Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.



Democracia isso? Pense !



O famoso jeitinho brasileiro.

Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.

Brasileiro se acha malandro, muito esperto.

Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.

No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto.... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?

Afinal somos penta campeões do mundo né?? ?

Grande coisa...



O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.

Dessa vergonha eles se safaram...

Brasil, o país do futuro !?

Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.



Deus é brasileiro.

Puxa, essa eu não vou nem comentar...



O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.

Para finalizar tiro minha conclusão:


O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.

Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.

Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.

Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!



Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Eu desconheço o autor, mas eu achei espetacular!!!! Merece nossos Parabéns!!!




Nem Cristo aguentaria ser um professor nos dias de hoje.....






O Sermão da montanha


(*versão para educadores*)




Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.


Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.



Tomando a palavra, disse-lhes:


- "Em verdade, em verdade vos digo:


Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.


Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.


Felizes os misericordiosos, porque eles..."




Pedro o interrompeu:


- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?



André perguntou:


- É pra copiar?





Filipe lamentou-se:


- Esqueci meu papiro!




Bartolomeu, quis saber:


- Vai cair na prova?



João levantou a mão:


- Posso ir ao banheiro?




Judas Iscariotes resmungou:


- O que é que a gente vai ganhar com isso?




Judas Tadeu, defendeu-se:


- Foi o outro Judas que perguntou!



Tomé questionou:


- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?



Tiago Maior indagou:


- Vai valer nota?



Tiago Menor reclamou:


- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.




Simão Zelote gritou, nervoso:


- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?



Mateus queixou-se:


- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!



Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão, nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:


- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos? Quais são as suas estratégias para o levantamento dos conhecimentos prévios?






Caifás emendou:


- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais?





Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:


- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto. E vê lá se não vai reprovar alguém! Lembre-se que você ainda não é professor titular...